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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A RODA DA FORTUNA X




Simbologia
Sobre o aro de uma roda de seis raios, suspensa no ar por um apetrecho de madeira, seguram-se três animais estranhos.
O fundo é branco; o chão está cortado por listas negras. A roda se apóia sobre dois pés ou suportes paralelos; o da esquerda não chega ao eixo.
Do centro da roda saem seis raios – azuis até menos da metade e em seguida brancos – que se fixam na parte interna do aro: dois deles formam ângulo reto com o chão; os outros quatro representam um xis (ou o dez romano, número da carta, ou ainda uma cruz de Santo André).
À direita, um animal intermediário entre cachorro e lebre (com patas traseiras que não combinam com esses animais) parece subir pela roda; à esquerda, uma espécie de macaco desce de cabeça para baixo. Na parte superior, uma plataforma suporta uma figura que pode ser vista como uma esfinge coroada; três das suas patas repousam sobre a base, enquanto a pata anterior esquerda empunha uma espada desembainhada.
Palavras-chave:
Os ciclos sucessivos na natureza e na vida humana. As fases da manifestação, o movimento de ascensão e de declínio. A mobilidades da coisas, as Influências lunares e mercurianas. Boa sorte, louvor, honra. Alternativas da sorte. Instabilidade. Esperteza, presença de espírito que não deixa escapar as boas oportunidades. Iniciativa feliz, adivinhação de ordem prática, sorte. Êxito casual, como o ganho na loteria. Espontaneidade, disposição inventiva. Animação, brio, bom humor.

Mental: Lógica, regularidade. Juízo equilibrado e sadio.
Emocional: Traz animação e reforça os sentimentos.
Físico: Os acontecimentos não serão estáveis, porque necessitam de uma mudança, uma evolução. Esta mudança tende a ser para melhor, no sentido do desenvolvimento. Segurança na dúvida. Do ponto de vista da saúde: não haverá problemas circulatórios. Bons augúrios para um futuro casamento.
Sentido negativo: A transformação se fará com dificuldade, mas poderá ocorrer quando fizer falta. É preciso modificar desde o princípio, partir de outras bases. Descuido. Especulação, jogo, abandono ao azar. Insegurança. Imprevisão, caráter boêmio, pouca seriedade. Situação instável: ganhos e perdas. Aventuras, riscos. Diminuição da sorte.

História e iconografia:

Uma das alegorias mais antigas e populares, a imagem que reproduz o Arcano X causa uma impressão estranha ao observador contemporâneo. Isto se deve ao fato de que nos últimos séculos a iconografia do tema tornou-se puramente verbal: qualquer um entende o conceito de “roda do destino”, mas dificilmente se faz dela uma representação visual. Desde a antigüidade clássica, contudo, até o Renascimento, foi justamente o contrário que aconteceu. Em vários textos romanos descreve-se o Destino como uma mulher cega, louca e insensível, que atravessa a multidão caminhando sobre uma pedra redonda (para simbolizar a sua instabilidade); a roda aparece com freqüência nos sarcófagos, como evidente alusão ao caráter cíclico da vida.
Até o final do primeiro milênio não se encontram outros exemplos valiosos sobre o tema, mas depois de uns séculos ele ressurge com maior esplendor que nunca. É já na sua plenitude iconográfica que o reencontramos a partir de meados do século XIII em rosetas de várias catedrais góticas (Amiens, Trento, Lausanne) e de numerosas igrejas: pequenas figuras, representando os momentos e estados da vida, que sobem e descem pelos raios de uma roda.
Um exemplo muito antigo pode ser visto no Hortus deliciarum, de Herrade de Landsberg, abadessa do claustro de Santa Odília (Estrasburgo), morta em 1195.
Nesta imagem completa, como em muitas posteriores, quatro personagens, que aparecem representados como reis, são movidos pela roda que é manejada pelo Destino ou Fortuna em pessoa.
As legendas que acompanham os personagens não deixam dúvida sobre o significado da alegoria: Spes, regnabo (esperança, reinarei), diz o rei ascendente da esquerda; Gaudium, regno! (Alegria, reino!), exclama o que se encontra sobre a plataforma superior; Timor, regnavi... (Temor, reinava...) murmura o da direita, que desce de cabeça para baixo; enquanto que o quarto, que foi atirado da roda e jaz na terra, aceita a evidência da sua condição: Dolor, sum sine regno (Dor, estou sem reino).
É evidente que, numa leitura alegórica, os quatro personagens não passam de apenas um, submetido às variações do destino.
O simbolismo deste personagem quatro-em-um refere-se também às fases da lua e às idades do homem (infância, juventude, maturidade, velhice).
A substituição dos reis por animais ou monstros é um pouco mais tardia (século XIV, ou final do XIII), mas a idéia que este arcano simboliza é certamente mais antiga que a civilização ocidental.
No livro de Ezequiel, diz Oswald Wirth, encontra-se a explicação transparente do Arcano X. No plano simbólico, segundo esse autor, muitos dados podem ser extraídos do simbolismo geral da roda. “Refere-se em última instância à decomposição da ordem do mundo em duas estruturas essenciais e distintas: o movimento rotatório e a imobilidade; a circunferência da roda e seu centro, imagem do 'motor imóvel' aristotélico”.
O aspecto solar e zodiacal do simbolismo da roda a relaciona sem dúvida com o conceito dos ciclos (o dia, as estações, a vida do homem), ou seja, daquele que nasce para morrer, mas que também morre para ressuscitar.
René Guénon afirma que a roda é símbolo de origem céltica e assinala seu evidente parentesco com as flores emblemáticas (rosa no Ocidente, lótus no Oriente), com as rosetas das catedrais góticas e, em geral, com as figuras mandálicas. No taoísmo aparece como metáfora do processo ascendente-descendente (evolução e involução, progresso espiritual e regressão).

MENSAGENS

A Roda da Fortuna anuncia um período de altos e baixos e sugere jogo de cintura para controlar tais variantes de estágios.
Ponderação: a energia vinda deste arcano traz a chance de aprendermos a valorizar o aqui e agora, o que já temos e podemos explorar. Mostra que a adaptabilidade às situações é um aprendizado para se levar por toda vida, isto se soubermos enxergar como os ciclos acontecem e acompanhá-los de modo sutil. A aparição da Roda da Fortuna nos ensina que período algum é longo demais ou tão curto quanto imaginávamos, pois, se estamos arrastados por um momento de profunda tristeza, a qualquer hora a alegria efusiva pode aparecer inesperadamente, sem data prévia para se afastar. O mesmo vale para os tempos de escassez de idéias, de projetos e privações financeiras, que de repente, desaparecem, cedendo espaço para a criatividade, para um bom planejamento e para a fartura.

Alerta: não é recomendável a acomodação quando a Roda estiver girando a nosso favor, ao contrário, é quando devemos trabalhar para prevenir dias menos afortunados e fortalecer nossa psique para ocasiões que precisem de total equilíbrio. A Roda da Fortuna doa, mas também nos tira se não estivemos preparados prontamente para suas súbitas mudanças, e a atividade em prol de nós mesmos é uma aliada quando ainda temos a capacidade de nos mover por iniciativa própria.

Mãos à obra: preste atenção no momento atual, no que está sendo vivido, e o faça de forma a extrair não só o desejável, e sim o melhor. Lembre-se que é agora que pode prevenir seu futuro a curto, médio e longo prazo em muitos aspectos e que suas atuais atitudes são, de alguma maneira, um refúgio seguro do amanhã. Saiba transitar pelas diferentes fases que a vida oferece e não se deixe envaidecer, que dirá esmorecer.

Meditação: diante da carta A Roda da Fortuna, preste atenção nos seus personagens, analise quem está subindo, quem está descendo e a tranqüilidade de quem está em cima, e, através destas posturas, tente visualizar os possíveis fatalismos, o reinício e a estabilidade. Espelhe em algumas possibilidades de acordo com seu modo de vida, e inspire o melhor para si.

Dicas para preparar o ambiente:
Local: aberto e com música ao longe.
Incensos: Arruda, Canela, Capim-Limão e Noz Moscada
Cores de velas: amarela, dourada, laranja e vermelha

fontes: diversas,Cigana Maria Rosa

3 comentários:

RUTE disse...

Olá Querida!
Adoro Tarô!!!

Sabe o que lembrei ao ver sua postagem sobre a roda da fortuna? Da blogagem Fases da Vida que vai a caminho da 7ªfase. Vc tem assistido aos dias 15?

Pois é, no dia 15 SET que será a fase da Morte, você podia nos falar do arcano maior 13 (A Morte). Não quer? Estou te desafiando...
Estamos precisando abranger várias perspetivas nessa próxima fase(7ª). A Morte em Tarô mostra as mortes em vida, por vezes tão necessárias às mudanças interiores.

Olhe, deixo-lhe aqui o link:
BCFV - 7ªFASE - MORTE

Para aceder às restantes fases, click nos links da coluna lateral por baixo do selinho. Encontrará todas as participações incluidas.

Mil beijinhos.
Rute
P.s.-Também já falei da roda da fortuna neste Link do meu blog.

RUTE disse...

Já que você topou...

Então vou lhe dar a seguinte dica:

Se sentir inspiração começa escrevendo seu post sobre o arcano XIII desde já. E pode ir enriquecendo ele, de agora até dia 15 SET.

Nem precisa escrever em papel ou em word. Se quiser pode escrever directamente no blog, conforme faz para as restantes postagens, mas!, antes de fechar postagem a 1ªvez, vá na base que encerra o editor, click em opções das mensagens, altera data para 15-09-2011 e primeiros minutos desse dia, por ex. 00:01.

Depois clicka normalmente em "publicar mensagem" mas ela vai ficar agendada para data futura. Sempre que você quiser reentrar no post para continuar escrevendo, pode fazer isso normalmente, não precisando mexer na data e hora de novo.
Entendeu?
+ beijos!
Rute

RUTE disse...

Ora a imagem...Quer saber como se coloca... pois bem:

Vá naquele link que deixei no 1ºcomentário: BCFV - 7ªFASE - MORTE

Clicka 1 vez sobre a imagem com o botão direito.

Selecciona Salvar Imagem como... (Salva no ambiente de trabalho que é para ser mais fácil encontrar depois)

Por fim, inclui no teu post conforme vc costuma incluir as outras fotos :)

Beijo*
Rute
P.s.-Ficarei ao dispor para qualquer dúvida ;)