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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sinceridade

Se você fala e não sente....de nada vale.
Se você escreve mas não é sincero....de nada vale.
Se você reza mas cultiva o rancor no coração...de nada vale.
Se você sorri mas no coração habita a mágoa, o rancor, o ódio...de nada vale.
Se você parabeniza, mas inveja...de nada vale.
Tudo aquilo que não e verdadeiro de nada vale.
Mais vale ser sincero em seus ideais, propósitos e crenças do que fingir algo que você não é.
Só se agrada a Deus quando se tem sinceridade.
Sinceridade não é ser grosseiro nem rude.
É respeitar a diversidade sem perder sua opinião.
É não compartilhar ou evitar estar  com quem não nos afinizamos sem desejar o mal.
Ser sincero e verdadeiro é a essência do amor, a si e aos semelhantes.
 Namastê!

Surgimento da Umbanda

Não tenho formação na Umbanda, porém tenho feito algumas pesquisas devido à algumas semelhanças na utilização de nomes, vocabulários, preceitos, Orixás e etc. Portanto é só pesquisa quem quiser e tiver o devido embasamento por favor me corrija.


A origem da Umbanda
A Umbanda tem origens variadas (dependendo da vertente que a pratica).
Em meio as festas nas senzalas os negros escravos comemoravam os Orixás por meio dos Santos Católicos. Nessas festas eles incorporavam seus Orixás, mas também começaram a incorporar os espíritos ditos ancestrais, como os Pretos-Velhos ou Pais Velhos (espíritos de ancestrais, (que não eram de antigos Babalaôs, Babalorixás, pois esses são cultuados no Culto aos Egungun em Itaparica,Bahia, e nem Iyalorixás pois essas são cultuadas no Culto das Iyás) eram antigos "Pais e Mães de Senzala": escravos mais velhos que sobreviveram à senzala e que, em vida, eram conselheiros e sabiam as antigas artes da religião da distante África), que iniciaram a ajuda espiritual e o alívio do sofrimento material daqueles que estavam no cativeiro.
Embora houvesse uma certa resistência por parte de alguns, pois consideravam os espíritos incorporados dos Pretos-Velhos como Eguns (espírito de pessoas que já morreram não  cultuados no candomblé), também houve admiração e devoção.
Com os escravos foragidos e libertados pelas leis do Ventre Livre, Sexagenário e posteriormente a Lei Áurea, começou-se a montagem das tendas, posteriormente terreiros.
Em alguns Candomblés também começaram a incorporar Caboclos (índios das terras brasileiras como Pajés e Caciques) que foram elevados à categoria de ancestral e passaram a ser louvados. O exemplo disso são os ditos Candomblé de Caboclo. Muito comuns no norte e nordeste do Brasil até hoje.
No início do século XX com o surgimento da Umbanda, esta que muitas vezes era realizada nas praias começou a ser conhecida pelo termo macumba, pois macumba nada mais é que um determinado tipo de madeira usada para produzir o atabaque usado durante as giras; por ser um instrumento musical, as pessoas referiam-se da seguinte forma: "Estão batendo a macumba na praia", ficando então conhecidas as giras como macumbas ou culto Omoloko. Com o passar do tempo, tudo que envolvia algo que não se enquadrava nos ensinamentos impostos pelo catolicismo, protestantismo, judaísmo, etc, era considerado macumba. Com isso, acabou por virar um termo pejorativo. 

Visões sobre o vocábulo "Umbanda"Referência Histórico-Literária
A mais antiga referência literária e denotativa ao termo Umbanda é de Heli Chaterlain, em Contos Populares de Angola, de 1889. Lá aparece a referência à palavra Umbanda, como: curador, magia que cura, sinônimo de Kimbanda.
Visão Esotérica sobre o vocábulo Umbanda
Segundo a corrente esotérica que existe na Umbanda, a origem do vocábulo Umbanda estaria na raiz sânscrita AUM que, na definição de Helena Petrovna Blavatsky, em seu Glossário Teosófico, significa a sílaba sagrada; a unidade de três letras; daí a trindade em um. É uma sílaba composta pelas letras A, U e M (das quais as duas primeiras combinam-se para formar a vogal composta O). É a sílaba mística, emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade (sendo que o A representa o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e M, o de Brahmâ); é o mistério dos mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. As outras palavras componentes se supõem, como: Bandha, de origem sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição, escravidão. A vida nesta terra.
Autores dessa corrente esotérica, analisando as duas palavras, definiram Umbanda como sendo a junção dos termos Aum + Bandha, que seria o elo de ligação entre os planos divino e terreno. A palavra mântrica Aumbandha foi sendo passada de boca a ouvido e chega até nós como Umbanda.

Esclarecimento sobre Nação Nagô

Termos étnicos como nagôs, angolas, jejes, fulas, representavam identidades criadas pelo tráfico de escravo, onde cada termo continha um leque de tribos escravizadas de cada região.

Nagô - adj. Nome que se dá ao iorubano ou a todo negro da Costa dos Escravos que falava ou entendia o Ioruba. Migeod (The Langs, of West Afri. II, 360) assinala que nagô é nome dado, no Daomé, pelos franceses ao iorubano: do efé anagó.

Os portugueses construíram em 1498 o forte São Jorge da Mina, ou Feitoria da Mina, ou Mina, no Gana, um posto estratégico na rota dos europeus ao litoral da África Ocidental, onde os cativos eram mantidos à espera de transporte para o Novo Mundo.

O tratado de paz de 1657 assinado pela Rainha Nzinga Mbandi Ngola e a coroa portuguesa através da mediação do Papa Alexandre, encerrou a guerra no império do Congo e o tráfico escravista europeu na região.

No que se refere ao Brasil, o tráfico irá paulatinamente se deslocar em direção a chamadas costa da Mina, onde se localizava o Império do Daomé e o reino de Ardra, vinculados ao império Oyo - Ioruba ou Nagô, segundo (Verger) no final do século XVII e início do século XVIII entre os anos de 1681 a 1710 um grande número de embarcações carregadas de fumo foram para Costa da Mina e Angola.

O fumo (tabaco) da Bahia era muito apreciado pelos africanos. Esse fumo que era rejeitado pelos europeus que o achavam de má qualidade, era destinado aos traficantes de escravos e tornaria Salvador capital mundial do tráfico de escravos.

Introduzidas no Brasil com a escravidão, as culturas negras imprimiram, cada uma com suas peculiaridades e em diferentes graus, marcas profundas em quase toda a extensão da alma e do território brasileiro. E na Bahia essa presença - que se recria hoje em importantes instituições como as comunidades terreiro - é devida basicamente à cultura dos nagôs, que vinda da África Ocidental, foi entre o fim do século XVIII e o fim do século XIX, das últimas a serem escravizadas no Brasil.

Kètu, Egba, Egbado e Sabé são alguns dos segmentos nagôs que vieram para a Bahia provenientes da grande área iorubá que compreende sul e centro da atual República de Benim, ex-Daomé; parte da República do Togo: e todo sudoeste da Nigéria. E todos eles - com destaque para os Kètu contribuíram decisivamente para e implantação da cultura nagô, ou seja Yorubá, naquele Estado, reconstituindo suas instituições e procurando adaptá-las ao novo meio, com o máximo de fidelidade aos padrões básicos de origem, fidelidade essa em parte facilitada pelo intenso comércio que se desenvolveu entre a Bahia e a costa ocidental da África durante todo o século XIX até os primeiros anos que se seguirem à Abolição.

Para entender o predomínio da etnia yorubá-nagô na Bahia é necessário recordar que, nas últimas décadas do tráfico negreiro, um enorme contingente de escravos dessa região foi trazido para Salvador. Nesse momento, os núcleos familiares também não foram tão desmembrados como no início da escravatura, permitindo uma maior manutenção da cultura e dos costumes.

Nos dizeres de Edson Carneiro, no clássico “Candomblés da Bahia”: "Os nagôs logo se constituíram numa espécie de elite e não encontraram dificuldade de impor à massa escrava a sua religião". E complementa: "Quanto aos negros muçulmanos (malês), uma minoria entre as minorias, que poderiam ser êmulos (rivais) dos nagôs (yourbás), pelo seu sectarismo, afastavam não só os escravos como toda a sociedade branca". A própria Mãe Aninha Obá Biyi era filha de um casal de africanos da etnia grunci, os negros Aniyó e Azambiyó, mas fora iniciada no candomblé pelos nagôs da Casa Branca-Engenho Velho (Ketu). A presença de Xangô, seu orixá, solidificou ainda mais as tradições iorubás em sua trajetória.

O ARCANO XIII - A MORTE

Esta carta, comumente designada como “Morte”, não tem nome algum inscrito no tarô de Marselha ou em suas variantes mais próximas. Um esqueleto revestido por uma espécie de pele tem uma foice nas mãos. Do chão negro brotam plantas azuis e amarelas, e diversos restos humanos. O fundo não está colorido.
No primeiro plano, à esquerda, uma cabeça de mulher; à direita, uma cabeça de homem com uma coroa. 
Um pé e uma mão aparecem também no chão; outras duas mãos – uma mostrando a palma e outra as costas – brotam atrás, ultrapassando a linha do horizonte. 
O esqueleto está representado de perfil e parece dirigir-se para a direita. Maneja a foice, sobre a qual apóia as duas mãos. Em algumas variantes, seu pé direito não está visível.
ara o iniciante, mostra-se como a carta mais temível, mas os estudos simbólicos ajudam a entender um outro sentido no plano da evolução humana.


Significados simbólicos
Grandes transmutações e novos espaços de realização.
Dominação e força. Renascimento, criação e destruição.
Fatalidade irredutível. Fim necessário.


Interpretações usuais na cartomancia
Fim de uma fase. Abandono de velhos hábitos.
Profundidade, penetração intelectual, pensar metafísico. Discernimento severo, sabedoria drástica. Resignação, estoicismo, dom para enfrentar situações difíceis. Indiferença, desapego, desilusão.
Mental: Renovação de idéias, total ou parcial, porque algo vai intervir e tudo transformar; como um fenômeno catalisador ou um corpo novo que modifica totalmente a ação do corpo atual.
Emocional: Afastamento, dispersão. Destruição de um sentimento, de uma esperança.
Físico: Morte, perdas, imobilidade. Completa transformação nos negócios ou atividades.
Sentido negativo: Do ponto de vista da saúde, estagnação de enfermidade ou processo. A morte poderá ser evitada, mas em troca de uma lesão incurável. Segundo sua posição, pode significar a morte, em seus múltiplos matizes, mas também maus acontecimentos, más notícias.
Prazo fatal. Xeque-mate inevitável, mas não provocado pela vítima.
Ânimo baixo, pessimismo, perda de coragem.  Interrupção de um processo para começar de modo diametralmente oposto.


História e iconografia da Carta:
E provável que a alegoria da morte representada como um esqueleto com a foice, seja original do Tarô; se isto for verdade, trata-se de uma das contribuições fundamentais feitas pelas cartas à iconografia contemporânea, considerando a ampla popularidade desta metáfora macabra.
Van Rijneberk divide o estudo deste arcano em três aspectos: o número treze, oesqueleto, a foice. Como emissário de uma premonição sombria, o treze tem seu antecedente cristão nos comensais da Última Ceia, de onde a tradição extraiu um conto bastante popular da Idade Média: quando treze pessoas se sentam à mesa, uma delas morrerá em breve.
Esta superstição seria herdeira de outras versões mais antigas: Diodoro da Sicília, contemporâneo do imperador Augusto, explica desse modo a morte de Filipe da Macedônia, cuja estátua havia sido colocada junto as dos 12 deuses principais, dias antes de ser assassinado. 
Simbolicamente, o 13 é a unidade superadora do dodecadenário, ou seja, a morte necessária de um ciclo completo, que implica também – ainda que este aspecto tenha sido esquecido na transmissão popular – a idéia conseqüente de renascimento.
Na arte cristã primitiva não há traços deste simbolismo durante os primeiros séculos, o que não parece estranho se considerarmos as idéias centrais dos catecúmenos: a morte entendida como pórtico de uma vida melhor, a confiança na
proximidade do Juízo Final (e a conseqüente ressurreição da carne); a absoluta falta de medo frente a um estado transitório.
O esqueleto propriamente dito só aparece em todo o seu esplendor nas Danças da morte, disseminadas pelos cemitérios e claustros europeus, quase que simultaneamente, e com certeza não antes do séc. XV.
O esqueleto propriamente dito só aparece em todo o seu esplendor nas Danças da morte, disseminadas pelos cemitérios e claustros europeus, quase que simultaneamente, e com certeza não antes do séc. XV.
O tema das composições desse período mostra-se idêntico em todos os lugares: o esqueleto se apodera (o matiz está apenas no grau de violência ou gentileza) de criaturas humanas de ambos os sexos, de qualquer idade e condição.
Outro elemento que as Danças da morte têm em comum é que todas são posteriores ao Tarô, de cuja popularidade puderam extrair o encanto de suas imagens.
Nestas danças, no entanto, não há esqueletos com foices, mas sim com diversos objetos (uma espada, um arado, um par de tesouras, um arco e flechas) que se referem em geral ao ofício da pessoa que será levada pela morte. 
Em Joel (4,13), Mateus (13,39), Marcos (4,29) e no Apocalipse (14,14-20) podem ser encontradas metáforas bíblicas em que se fala da foice como instrumento de justiça empunhado por Jeová, pelo Filho do Homem e, mais tarde, pelos anjos: como derivação deste princípio moral. 
Os esotéricos não vêem a morte como falha ou imperfeição: as formas se dissolvem, variam de aparência quando se tornam incapazes de servir ao seu destino. Desse modo, entre o Imperadore a Morte (primeiros termos do segundo e do quinto ternário, respectivamente), há apenas uma diferença de matizes: ao esplendor máximo do poder e da matéria sucede sua extinção, que é uma conseqüência lógica e também uma necessidade. Como parábola do processo iniciático em oposição à vida corrente, é talvez o arcano mais explícito: “O profano deve morrer – lembra Wirth – para que renasça a vida superior que a Iniciação concede”.
A morte guarda relações simbólicas com a terra, com os quatro elementos, e com a gama de cores que vai do negro ao verde, passando pelos matizes terrosos. Também é associada ao esterco, menos pelo que este tem de desagradável do que pelo processo de transmutação material que representa.



Conto:
Era uma vez, conta a história, um rapaz que vivia em Isfahan como criado de um rico mercador. Uma bela manhã, despreocupado e com a bolsa cheia de moedas retiradas dos cofres do mercador para comprar carne, frutas e vinho, ele cavalgou até o mercado; aí chegando, deparou-se com a Morte, que lhe fez um sinal como que para dizer alguma coisa. Aterrorizado, o rapaz fez o cavalo dar meia-volta e fugiu a galope, pegando a estrada que levava a Samara. 
Ao anoitecer, sujo e exausto, chegou a uma estalagem dessa cidade e, com o dinheiro do mercador, alugou um quarto. Nele entrando, prostrou-se na cama, entre fatigado e aliviado, pois lhe parecia ter conseguido lograr a Morte. No meio da noite, porém, ouviu baterem à porta, e no umbral ele viu a Morte parada, de pé, sorrindo amavelmente. "Por que você está aqui?", perguntou o moço, pálido e trêmulo. "Mas eu a vi esta manhã na feira, você estava em Isfahan". E a Morte respondeu: "Ora, eu vim buscá-lo, conforme está escrito. Pois quando o encontrei esta manhã na feira, em Isfahan, tentei lhe dizer que nós tínhamos um encontro esta noite em Samara. Mas você não me deixou falar e simplesmente fugiu em disparada."
(Citado segundo: Liz Grene, Schicksal und Astrologie (A Astrologia do Destino).


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Rituais

Ritual
O Ritual de uma casa de Ketu, é diferente das casas de outras nações, a diferença está no idioma, no toque dos Ilus (atabaque no Ketu), nas cantigas, nas cores usadas pelos Orixás, os rituais mais importantes são: Padê, Sacrifício, Oferenda, Sassayin, Iniciação,Axexê, Olubajé, Águas de Oxalá, Ipeté de Oxum,...
A língua sagrada utilizada em rituais do Ketu é derivada da língua Yoruba ou Nagô. O povo de Ketu procura manter-se fiel aos ensinamentos das africanas que fundaram as primeiras casas, reproduzem os rituais, rezas, lendas, cantigas, comidas, festas, e esses ensinamentos são passados oralmente até hoje.

Hierarquia
As posições principais do Ketu (são chamados de cargo ou posto, em yoruba Olóyès , Ogãns e Àjòiès), em termos de autoridade, são:
O cargo de autoridade máxima dentro de uma casa de candomblé é o de Iyálorixá (mãe-de-santo) ou Babalorixá (pai-de-santo). São pessoas escolhidas pelos Orixás para ocupar esse posto. São sacerdotes, que após muitos anos de estudo adquiriram o conhecimento para tal função. Quando a pessoa escolhida através do jogo de búzios ainda não está preparada para assumir o posto, terá que ser assistida por todos Egbomis (meu irmão mais velho) da casa para obter o conhecimento necessário.
1.            Iyalorixá ou Babalorixá: A palavra iyá do yoruba significa mãe, babá significa pai.
2.            Iyakekerê (mulher): mãe pequena, segunda sacerdotisa.
3.            Babakekerê (homem): pai pequeno, segundo sacerdote.
4.            Iyalaxé (mulher): cuida dos objetos rituais.
5.            Ojubonã ou Agibonã: mãe criadeira, supervisiona e ajuda na iniciação
6.            Egbomis: são pessoas que já cumpriram o período de sete anos da iniciação (significado: egbon mi, "meu irmão mais velho").
7.            Iyabassê: mulher responsável pela preparação das comidas-de-santo
8.            Iaô: filha-de-santo que já entra em transe.
9.            Abiã ou abian: novato.
10.         Axogun: responsável pelo sacrifício dos animais (não entra em transe).
11.         Alagbê: responsável pelos atabaques e pelos toques (não entra em transe).
12.         Ogãs ou Ogans: tocadores de atabaques (não entram em transe).
13.         Ajoiê ou ekedi: camareira do Orixá (não entra em transe). Na Casa Branca do Engenho Velho, as ajoiés são chamadas de ekedis. No Gantois, de "Iyárobá" e na Angola, é chamada de "makota de angúzo". "Ekedi" é nome de origem Jeje, que se popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil.

AS VARIAÇÕES DAS TRÊS NAÇÕES


JEJE (Djedje Mahin), KETU E ANGOLA

Dos muitos grupos de escravos vindo para o Brasil, 03(três) categorias ou nações se destacaram:
Negros Fons ou Nação Jeje
Negros Yorubás ou Nação Ketu
Negros Bantos ou Nação Angola
Cada uma dessas 03 (três) nações tem dialeto e ritualística própria. Mas, houve uma grande coligação entre os deuses adorados nessas 03 (três) nações, por exemplo:
Na Nação Jeje os deuses são chamados de Voduns
Na Nação Ketu, de Orixás
Na Nação de Angola, de Inkices
Abaixo, encontram-se relacionados os deuses, as suas ligações e correspondência em cada uma dessas 03 (três) nações:
KETU
JEJE
ANGOLA
Exu
Elegbá
Bombogiro
Ogun
Gu
Nkosi-Mucumbe
Oxossy
Otolú
Mutaka Lambo
Omolu
Azanssun
Cavungo
Xangô
Sogbô
Nizazi ou Luango
Ossayn
Ague
Katende
Oya / Yansã
Guelede-Agan ou Vodun-Jó
Matamba/Kaingo
Oxum
Aziri-Tolá
Dandalunda
Yemanja
Aziri-Tobossi
Samba Kalunga/Kukuetu
Oxumarê
Becém
Angoro - Ongolo
Oxalá
Lissá
Lemba


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Impala Novo 70 cor Camelo - Esmalte da Semana.






A cor é muito mais bonita do que nas fotos, está mais escura nas fotos, é chic tanto para o inverno quanto para o verão. Deixa as mãos delicadas. Gostei.

Os principais Nkisis no Brasil


Aluvaiá, Bombo Njila, Pambu Njila: – Intermediário entre os seres humanos e o outros Nkisis (cf. Exú Orixá). Na sua manifestação feminina, é chamado Vangira.
Nkosi, Roxi Mukumbe: – Nkisi de guerra e Senhor das estradas de terra. Mukumbe, Biolê, Buré qualidades ou caminhos desse Nkisi.
Ngunzu: – Engloba as energias dos caçadores de animais, pastores, criadores de gado e daqueles que vivem embrenhados nas profundezas das matas, dominando as partes onde o sol não penetra.
Kabila: – O caçador pastor. O que cuida dos rebanhos da floresta.
Mutalambô, Lambaranguange: – Caçador, vive em florestas e montanhas, Nkisi de comida abundante.
Gongobira ou Gongobila: – Caçador jovem e pescador.
Mutakalambô: – Tem o domínio das partes mais profundas e densas das florestas, onde o Sol não alcança o solo por não penetrar pela copa das árvores.
Katendê: – Senhor das Jinsaba (folhas). Conhece os segredos das ervas medicinais.
Nzazi, Loango: – São o próprio raio, entrega justiça aos seres humanos.
Kaviungo ou Kavungo, Kafungê ou Kafunjê, Kingongo: – Nkisi da varíola, das doenças de pele, da saúde e da morte.
Nsumbu – Senhor da terra, também chamado de Ntoto pelo povo de Kongo.
Hongolo ou Angorô (masculino) e Angoroméa (feminino): – Auxilia na comunicação entre os seres humanos e as divindades (representado por uma cobra).
Kindembu ou Nkisi Tempo: – Rei de Angola. Senhor do tempo e estações. É representado, nas casas Angola e Congo, por um mastro com uma bandeira branca.
Kaiangu: – Têm o domínio sobre o fogo.
Matamba, Bamburussenda, Nunvurucemavula: – Qualidades ou caminhos de Kaiangu. guerreira, comanda os mortos (Nvumbe).
Kisimbi, Samba_Nkisi: – A grande mãe; Nkisi de lagos e rios.
Ndanda Lunda: – Senhora da fertilidade, e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi.
Kaitumbá, Mikaiá, Kokueto: – Nkisi do Oceano, do Mar (Kalunga Grande)
Nzumbarandá: – A mais velha das Nkisi, conectada para morte.
Nvunji: – O mais jovem do Nkisi, Senhora da justiça. Representa a felicidade de juventude e toma conta dos filhos recolhidos.
Lembá Dilê, Lembarenganga, Jakatamba, Nkasuté Lembá, Gangaiobanda: – Conectado à criação do mundo.
O Deus supremo e Criador é Nzambi ou Nzambi Mpungu; abaixo dele estão os Jinkisi/Minkisi, divindades da Mitologia_Bantu. Essas divindades se assemelham a Olorun e Orishas da Mitologia Yoruba, e Olorum e Orixá do Candomblé Ketu

OS NOMES DOS NKISES


       Os Nkises são para os Bantus o mesmo que orixás para os Yorubás, ou ainda, o mesmo que vodum para os Daometanos. Muitos autores cometem o mesmo erro ao tratar das semelhanças existentes entre um Nkise, orixá ou vodum, pois confundem semelhanças com correspondência, fazendo-nos acreditar que na verdade se tratam da mesma divindade apenas com nome distinto.       Esta visão é equivocada, e cabe a nós desfazermos tal equívoco. Cada Nkise, orixá ou vodum
possui peculiaridades próprias, tratamento e culto diferenciados. Pode-se sim, dizer que existem pequenas coincidências, como por exemplo o fato de Kabila, Oxósse e Otulu serem caçadores, ou ainda, por usarem as mesmas cores. Mas não há que se confundir um e outro, pois mesmo  em suas origens na África se diferem, sendo o primeiro ( Kabila ) originário do Congo, o  segundo (Oxósse) originário das terras Yorubás e o último ( Otulu ) do Reino do Dahomé.      Desta forma, elenco abaixo alguns dos Nkises de Angola e Congo, sem fazer qualquer correspondência entre orixá ou vodum, dando ao lado de seus nomes uma breve descrição :
Aluvaiá, Bombojira, Vangira (feminino), Pambu Njila.
       É o Nkise responsável pela comunicação entre as divindades e os homens. Está nas  ruas, é a este Nkise que pertencem as “bu dibidika jinjila” (encruzilhadas). Suas cores são preto, vermelho, sua saudação: Kiuá Luvaiá Ngananzila Kiuá (Viva Aluvaiá, Senhor dos Caminhos)
 Nkosi Mukumbe, Roxi Mukumbe.
      É o Nkise da guerra, das estradas. É a ele que se fazem oferendas com o fim de obter abertura de caminhos. Sua cor é o azul escuro, sua saudação: Luna Kubanga Mueto – Nkosi ê (Aquele que briga por nós – Nkosi ê)
 Kabila, Mutalambô, Burungunzo.
      Nkise caçador, habita as florestas ou montanhas. É o responsável pela fartura, pela abundância de alimentos. Suas cores: verde para Mutalambô, Kabila e Burungunzo, e verde,azul e amarelo para Gongobira, sua saudação: Kabila Duilu – Kabila (Caçador dos Céus – Kabila)
Gongobira.
É um jovem caçador que obtém, seu sustento ora através da caça, ora através da pesca.
Suas características são as mesmas das dos caçadores ( Kabila, Mutambô, Lambaranguange) unidas as características dos Nkises da água doce ( Kisimbe, Samba ). Suas cores: verde cristal, azul cristal e amarelo ouro, sua saudação: Mutoni Kamona Gongobira – Muanza ê (Pescador Menino Gongobira – Rio ê)
 Katendê.
      Nkise dono dos segredos das ” nsabas” ( folhas, ervas ). Sua cor é o verde ou verde e branco, sua saudação: Kisaba kiasambuká – Katendê (Folha Sagrada – Katendê)
 Zaze, Luango.
      Nkise responsável pela distribuição da Justiça entre os homens. Suas cores são: vermelho e branco, sua saudação: A Ku Menekene Usoba Nzaji – Nzaze (Salve o Rei dos Raios -  Grande Raio)
 Kaviungo ou Kavungo, Kafungê e Kingongo.
      É o Nkise responsável pela saúde, estando intimamente ligado a morte. Usa preto, vermelho, branco e marrom, sua saudação: Tateto Mateba Sakula Oiza – Dixibe (O Pai da Ráfia Está  Chegando – Silêncio)
 Angorô e Angoroméa.
      Assim como Njira, auxiliam na comunicação entre as divindades e os homens. São  representados por uma cobra, sendo o primeiro ( Angorô ) masculino e o segundo  ( Angoroméa ) feminino, sua saudação: Nganá Kalabasa – Angorô Le (Senhor do Arco Íris – Angorô Hoje
 Kitembo ou Tempo.
      É o responsável pelo tempo de forma geral, e especificamente, pelas mudanças  climáticas (como chuva, sol, vento etc), portanto, atribuído a ele, o domínio sobre as estações do ano. É representado, nas casas Angola e Congo, por um mastro com uma bandeira branca.
Usa cores fortes, como: vermelho, azul, verde, marron e branco, sua saudação: Nzara  Kitembo – Kitembo Io (Gloria Kitembo – Kitembo do Tempo).
Tempo ou kitembo é um Nkise da nação de Angola, é o dono da bandeira de Angola, que  podemos ver em qualquer casa de Candomblé, perto do assentamento de Tempo, uma grande vara com uma bandeira branca no topo.
Tempo é o Nkise senhor das estações do ano, regente das mutações climáticas. Ainda, é  considerado o Pai da Maionga, que é o banho usado pelos seguidores e iniciados da Nação de Angola, tendo sua maior vibração justamente ao ar livre, ou seja, no tempo. É exatamente ali, no tempo, que este banho feito de ervas, água do mar, de cachoeira, de rio, chuva e outros elementares vai consagrar  através de tempo este iniciado.
Tempo está associado à escala do crescimento, por isso sua ferramenta é uma escada com uma  lança voltada para cima, em referência ao próprio tempo.
Como expliquei, este Nkise rege as estações do ano e está ligado ao frio, ao calor, a seca, as  tempestades, ao ambiente pesado e ao ambiente agradável.
Conta uma lenda da Nação de Angola, que Tempo era um homem muito agitado que fazia e resolvia muitas coisas ao mesmo tempo. Entretanto, este homem vivia reclamando e cobrando de Zambi que o dia era muito pequeno para fazer e resolver tudo que quisesse. Um dia, Zambi lhe disse:
“Eu errei em sua criação, pois você é muito apressado.” Ele então respondeu a Zambi: “Não tenho  culpa se o dia é pequeno e as horas miúdas, não dando tempo para realizar tudo que planejo”. A  partir desse momento, Zambi então determinou que esse homem passa-se a controlar o tempo. Tendo} domínio sobre os elementares e movimentos da natureza. Assim nasceu o Nkise Tempo.
Matamba, Bamburussema, Nunvurucemavula.
      Trata-se de um Nkise feminino, uma Nkisi amê. É guerreira e está intimamente ligada a morte, por conseguir dominar os mortos ( “Vumbe” ). Suas cores são o vermelho e o  marrom avermelhado, sua saudação: Nenguá Mavanju – Kiuá Matamba (Senhora dos  Ventos – Viva Matamba)
 Kisimbi, Samba, Dandalunda.
      Nkise feminino, uma Nkisi amê, representa a fertilidade, é a grande mãe. Seu domínio é sobre as águas doces. Sua cor é o amarelo ouro e o rosa, sua saudação: Mametu Maza  Mazenza – Kisimbi ê (Oh, Mãe da Água Doce – Kisimbi ê)
 Kaitumbá, Mikaiá, Kokueto.
      Também um Nkise feminino, uma Nkisi amê,  tem domínio sobre as águas salgadas ( ” Kalunga Grande” , o mar ). Sua cor: branco cristal, sua saudação: Kiuá Kokueto -  Mametu Ria Amaze Kiuá (Viva Kokueto, Mãe das águas -Viva)
 Zumbarandá.
      É um Nkise feminino, uma Nkisi amê, representa o início, vez que, é a mais velha das  mães. Também tem relação estrita com a morte. Sua cor: azul, sua saudação: Mametu  Ixi Onoká – Zumbarandá (Mãe da Terra Molhada – Zumbarandá)
 Wunje.
      É o mais novo dos Nkises. Representa a mocidade, a alegria da juventude. Durante o toque para este Nkise, a dança se transforma numa grande brincadeira, sua saudação:  Wunje Pafundi – Wunje ê (Wunje Feliz – Bem Vindo)
Lembá Dilê, Lembarenganga, Jakatamba, Kassuté Lembá, Gangaiobanda.
       Nkise da criação, ora apresenta-se como jovem guerreiro, ora como velho curvado.  Está ligado a criação do mundo. Quando jovem tem como cores o branco e o azul, ou branco e prata, quando de idade avançada, apenas o branco, sua saudação: Kalaepi Sakula  Lemba Dilê – Pembele (Quietos, Ai Vem o Senhor da Paz – Eu te Saudo)
 Zambi, Zambiapongo.
      Não se trata de um Nkise, mas sim do Deus Supremo, o grande criador. Na Angola toma-se benção como: Mukuiú – responde: Mukuiú no Zambi  Para os NkisesKonzondiô – responde: Zambeuatala Para as Nkisi amêsEnuncy – responde: Sendalá com Samburiká – Para Nzaze
Munzenza – Iniciado
Ndunbe – Abian
Vumbi – Egun
Dizungu Kilumbe – Saída de santo
Dimba Inkice – Obrigações oferecidas aos Santos
Kumbi Ngoma – Dias de toque
Kufumala – Defumação
Dizungu – Nlungu
Ordem do barco:
Kamoxi Rianga – o primeiro
Kaiai Kairi – o segundo
Katatu Kairi – o terceiro
Kakuãna Kauanã – o quarto
Sukuranise – Troca das águas nas quartinhas
Kota – Filhos com mais de 07 anos de feitura