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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Princípio do Candomble no Brasil - O Povo Bantu


Candomblé Bantu
Os Bantu, no Brasil, têm um papel preponderante na formação da nacionalidade brasileira, e, nesse sentido, muitos estudos têm sido elaborados, tocantes, principalmente, à linguagem, às contribuições linguísticas ao português brasileiro, sobretudo as advindas do Kimbundo e do Kikongo. Quanto aos estudos sobre as contribuições na área da cultura popular, caso das congadas, dos reisados e da capoeira de Angola, observa-se que, além das pesquisas já concluídas, há vários estudiosos empenhados em desenvolvê-las.
No entanto, na área das religiões de matriz bantu no Brasil, existe uma enorme carência de estudos, pois muito pouco ou quase nada tem sido feito desde que nossos pioneiros na pesquisa do africano e nas suas manifestações simbólicas afirmaram não encontrar elementos de peso da cultura bantu1 no Brasil. Desde tal acontecimento, a atenção dos estudiosos passou a ser voltada para os sudaneses, criando, com isso, a temática do nagocentrismo que muito prejuízo tem causado, já que reforça a idéia lançada por Nina Rodrigues e acalentada por Edison Carneiro e Arthur Ramos de que os bantu eram possuidores de uma mítica paupérrima, com ausência total de mitos cosmogônicos e fundadores, razão por que teriam se apoderado da mítica e dos rituais nagô. Em decorrência da falta de estudos mais aprofundados sobre o tema, a tarefa de compreender a mítica bantu no Brasil, infelizmente, tornou-se quase impossível.
Outra conseqüência, ainda que indireta, dessa atitude de nossos primeiros pesquisadores, é o fato de que as religiões de matriz bantu, principalmente a Umbanda e o Candomblé Congo/Angola, têm assimilado de forma acentuada os elementos de matriz yorubana, uma vez que estes foram legitimados pela academia e disseminados pela mídia. A Umbanda, fenômeno verificado nas regiões sul e sudeste do Brasil, assim como uma sua variante, o Omolocô, sincretizou-se, violentamente, a partir dos anos 60, na intenção de se tornar conhecida e legitimada pelo grande público, pelos orixás nagôs e pela prática litúrgica dos descendentes do povo yorubano. Por sua vez, o Candomblé Congo/Angola passou a nomear seus Mukisis como se fossem Orixás, copiando formas de culto e de comportamento do Candomblé de Ketu, mais popular e aceito pela academia e pela mídia.
Há alguns poucos anos, os descendentes espirituais dos bantu começaram a tomar consciência do problema e alguns esforços nesse sentido têm sido verificados: a Cobantu, associação com sede na cidade de São Paulo, e alguns grupos da Bahia, motivados pela Casa de Angola, têm procurado estudar o Kimbundo e o Kikongo, línguas rituais dos Candomblés de matriz bantu. São esforços louváveis, mas que não têm tido a força suficiente para despertar o interesse dos pesquisadores, que poderiam, por meio de seu labor acadêmico, dar uma valiosa contribuição para que a recuperação de determinados mitos e ritos necessários para a sobrevivência do fenômeno religioso ocorresse.
Os bantu, aos poucos, começam a sair do isolamento e estão procurando preencher lacunas, omissões e esquecimentos causados por séculos de separação entre a matriz e suas ramificações. No entanto, as dificuldades são imensas, pois a parca bibliografia existente sobre o assunto foi escrita, ou por portugueses e publicadas em Portugal, ou por pesquisadores de outras nacionalidades e em línguas que o povo de santo de origem bantu não lê. Algumas obras de Oscar Ribas, José Redinha e outros têm sido fotocopiadas até a exaustão e repassadas de mão em mão, lidas e relidas em busca de respostas que o passado calou. Faltam-lhes tudo: bibliografia acessível, condições culturais para leitura da bibliografia existente, bem como a atracão de estudiosos das religiões de matriz africana no Brasil. Costumamos, em tom de brincadeira, dizer que estamos a buscar agulha no palheiro, sem, no entanto, descobrirmos sequer onde ele – o palheiro – está. Isso porque, enquanto as religiões de matriz yorubana encontram seus elementos africanos na “iorubalândia”, conjunto de povos localizados na Nigéria, Benin e Togo, os bantu se espalham por uma imensa área geográfica, dificultando sobremaneira a localização dos elementos culturais que deram origem as religiões no Brasil.
Uma outra séria dificuldade a evocar é a extrema diversidade e polissemia dos cultos afro-brasileiros em geral e dos cultos bantos, em particular, acrescidos do fato, de que, o candomblé é uma religião iniciática sem fontes de escrituração, o que torna cada casa um universo fechado dependente do Sacerdote, cuja voz é autoridade máxima e inquestionável, resultando disso, discrepâncias notáveis entre casas da mesma raiz e da mesma nação.
bantos ou bantu – grande grupo lingüístico da África sub-saariana
Mukissis-sing. Nkissi –divindades bantu
Kikongo e Kimbundo – línguas faladas no Congo e em Angola
Uma das características do povo de Angola importantes são a língua o kimbundo é o kicongo que emprestam muitas palavras ao português.
As referências dos Jinkisi/Akixi e algumas referências aos Orixás yorubá mais conhecidos, entendamos estas semelhanças como caminhos, e não como individualidades.
No Brasil os cultos que prevalecem nos candomblés Angola, Congo (com algumas variações de casa para casa ou de família para família de culto).
Pambu Njila – Nkosi – Katendê – Mutakalambô – Nsumbu – Kindembu – Nzazi – Hongolo – Matamba – Ndanda Lunda – Nkaia – Nzumbá – Nkasuté Lembá – Lembarenganga
Os mais velhos trouxeram cantigas, rezas, tudo em Kimbundo e Kikongo (algumas também em Umbundo e outros dialetos). Muita coisa se perdeu até mesmo por haver a associação com as tradições Jeje nagô, que foi em ultima instância prejudicial para as tradições bantu.
Não que estas sejam mais certas ou mais erradas, mas que cada tradição deve ser mantida e respeitada, pois faz parte da história da própria humanidade, de como nos organizamos, como desenvolvemos outros falares, de como nos organizamos como sociedade, etc. e ao que parece, tínhamos um culto primitivo comum que com as distâncias das eras e também geográficas foi se modificando e incorporando novos elementos.
Acima de tudo está Nzambi Mpungu (um dos seus títulos) Deus criador de todas as coisas. Alguns povos bantu chamam Deus de Sukula outros de Kalunga e outros nomes ainda associam-se a estes.
O Culto a Nzambi não tem forma nem altar próprio. Só em situações extremas eles rezam e invocam Nzambi, geralmente fora das aldeias, em beira de rios, embaixo de árvores, ao redor de fogueiras. Não tem representação física, pois os Bantu o concebe como o incriado, o que representa-lo seria um sacrilégio, uma vez que Ele não tem forma.
No final de todo ritual Nzambi é louvado, pois Nzambi é o princípio e o fim de tudo.
O culto no Brasil
A partir da Mameto de inkice Maria Nenen e de outros Tatetos como, Jubiabá, Olegário, Bernardinho, Ciriaco, Joãzinho da Goméia, Tombeici o culto Banto ou Candomblé da Nação de Angola, como é chamado o culto no Brasil, teve maior destaque na comunidade afro-brasileira.
Estes negros ou bantos, como eram chamados devido a língua que falavam, seguiam a tradição religiosa de lugares como: Casanje, Munjolo, Cabinda, Luanda entre outros.
Mas, o culto banto tem sua liturgia particular e muito diferenciada das culturas yorubá e fon.
FONTES: GOOGLE/DIVERSAS

O Princípio do Candomble no Brasil - O Povo Bantu


Candomblé Bantu
Os Bantu, no Brasil, têm um papel preponderante na formação da nacionalidade brasileira, e, nesse sentido, muitos estudos têm sido elaborados, tocantes, principalmente, à linguagem, às contribuições linguísticas ao português brasileiro, sobretudo as advindas do Kimbundo e do Kikongo. Quanto aos estudos sobre as contribuições na área da cultura popular, caso das congadas, dos reisados e da capoeira de Angola, observa-se que, além das pesquisas já concluídas, há vários estudiosos empenhados em desenvolvê-las.
No entanto, na área das religiões de matriz bantu no Brasil, existe uma enorme carência de estudos, pois muito pouco ou quase nada tem sido feito desde que nossos pioneiros na pesquisa do africano e nas suas manifestações simbólicas afirmaram não encontrar elementos de peso da cultura bantu1 no Brasil. Desde tal acontecimento, a atenção dos estudiosos passou a ser voltada para os sudaneses, criando, com isso, a temática do nagocentrismo que muito prejuízo tem causado, já que reforça a idéia lançada por Nina Rodrigues e acalentada por Edison Carneiro e Arthur Ramos de que os bantu eram possuidores de uma mítica paupérrima, com ausência total de mitos cosmogônicos e fundadores, razão por que teriam se apoderado da mítica e dos rituais nagô. Em decorrência da falta de estudos mais aprofundados sobre o tema, a tarefa de compreender a mítica bantu no Brasil, infelizmente, tornou-se quase impossível.
Outra conseqüência, ainda que indireta, dessa atitude de nossos primeiros pesquisadores, é o fato de que as religiões de matriz bantu, principalmente a Umbanda e o Candomblé Congo/Angola, têm assimilado de forma acentuada os elementos de matriz yorubana, uma vez que estes foram legitimados pela academia e disseminados pela mídia. A Umbanda, fenômeno verificado nas regiões sul e sudeste do Brasil, assim como uma sua variante, o Omolocô, sincretizou-se, violentamente, a partir dos anos 60, na intenção de se tornar conhecida e legitimada pelo grande público, pelos orixás nagôs e pela prática litúrgica dos descendentes do povo yorubano. Por sua vez, o Candomblé Congo/Angola passou a nomear seus Mukisis como se fossem Orixás, copiando formas de culto e de comportamento do Candomblé de Ketu, mais popular e aceito pela academia e pela mídia.
Há alguns poucos anos, os descendentes espirituais dos bantu começaram a tomar consciência do problema e alguns esforços nesse sentido têm sido verificados: a Cobantu, associação com sede na cidade de São Paulo, e alguns grupos da Bahia, motivados pela Casa de Angola, têm procurado estudar o Kimbundo e o Kikongo, línguas rituais dos Candomblés de matriz bantu. São esforços louváveis, mas que não têm tido a força suficiente para despertar o interesse dos pesquisadores, que poderiam, por meio de seu labor acadêmico, dar uma valiosa contribuição para que a recuperação de determinados mitos e ritos necessários para a sobrevivência do fenômeno religioso ocorresse.
Os bantu, aos poucos, começam a sair do isolamento e estão procurando preencher lacunas, omissões e esquecimentos causados por séculos de separação entre a matriz e suas ramificações. No entanto, as dificuldades são imensas, pois a parca bibliografia existente sobre o assunto foi escrita, ou por portugueses e publicadas em Portugal, ou por pesquisadores de outras nacionalidades e em línguas que o povo de santo de origem bantu não lê. Algumas obras de Oscar Ribas, José Redinha e outros têm sido fotocopiadas até a exaustão e repassadas de mão em mão, lidas e relidas em busca de respostas que o passado calou. Faltam-lhes tudo: bibliografia acessível, condições culturais para leitura da bibliografia existente, bem como a atracão de estudiosos das religiões de matriz africana no Brasil. Costumamos, em tom de brincadeira, dizer que estamos a buscar agulha no palheiro, sem, no entanto, descobrirmos sequer onde ele – o palheiro – está. Isso porque, enquanto as religiões de matriz yorubana encontram seus elementos africanos na “iorubalândia”, conjunto de povos localizados na Nigéria, Benin e Togo, os bantu se espalham por uma imensa área geográfica, dificultando sobremaneira a localização dos elementos culturais que deram origem as religiões no Brasil.
Uma outra séria dificuldade a evocar é a extrema diversidade e polissemia dos cultos afro-brasileiros em geral e dos cultos bantos, em particular, acrescidos do fato, de que, o candomblé é uma religião iniciática sem fontes de escrituração, o que torna cada casa um universo fechado dependente do Sacerdote, cuja voz é autoridade máxima e inquestionável, resultando disso, discrepâncias notáveis entre casas da mesma raiz e da mesma nação.
bantos ou bantu – grande grupo lingüístico da África sub-saariana
Mukissis-sing. Nkissi –divindades bantu
Kikongo e Kimbundo – línguas faladas no Congo e em Angola
Uma das características do povo de Angola importantes são a língua o kimbundo é o kicongo que emprestam muitas palavras ao português.
As referências dos Jinkisi/Akixi e algumas referências aos Orixás yorubá mais conhecidos, entendamos estas semelhanças como caminhos, e não como individualidades.
No Brasil os cultos que prevalecem nos candomblés Angola, Congo (com algumas variações de casa para casa ou de família para família de culto).
Pambu Njila – Nkosi – Katendê – Mutakalambô – Nsumbu – Kindembu – Nzazi – Hongolo – Matamba – Ndanda Lunda – Nkaia – Nzumbá – Nkasuté Lembá – Lembarenganga
Os mais velhos trouxeram cantigas, rezas, tudo em Kimbundo e Kikongo (algumas também em Umbundo e outros dialetos). Muita coisa se perdeu até mesmo por haver a associação com as tradições Jeje nagô, que foi em ultima instância prejudicial para as tradições bantu.
Não que estas sejam mais certas ou mais erradas, mas que cada tradição deve ser mantida e respeitada, pois faz parte da história da própria humanidade, de como nos organizamos, como desenvolvemos outros falares, de como nos organizamos como sociedade, etc. e ao que parece, tínhamos um culto primitivo comum que com as distâncias das eras e também geográficas foi se modificando e incorporando novos elementos.
Acima de tudo está Nzambi Mpungu (um dos seus títulos) Deus criador de todas as coisas. Alguns povos bantu chamam Deus de Sukula outros de Kalunga e outros nomes ainda associam-se a estes.
O Culto a Nzambi não tem forma nem altar próprio. Só em situações extremas eles rezam e invocam Nzambi, geralmente fora das aldeias, em beira de rios, embaixo de árvores, ao redor de fogueiras. Não tem representação física, pois os Bantu o concebe como o incriado, o que representa-lo seria um sacrilégio, uma vez que Ele não tem forma.
No final de todo ritual Nzambi é louvado, pois Nzambi é o princípio e o fim de tudo.
O culto no Brasil
A partir da Mameto de inkice Maria Nenen e de outros Tatetos como, Jubiabá, Olegário, Bernardinho, Ciriaco, Joãzinho da Goméia, Tombeici o culto Banto ou Candomblé da Nação de Angola, como é chamado o culto no Brasil, teve maior destaque na comunidade afro-brasileira.
Estes negros ou bantos, como eram chamados devido a língua que falavam, seguiam a tradição religiosa de lugares como: Casanje, Munjolo, Cabinda, Luanda entre outros.
Mas, o culto banto tem sua liturgia particular e muito diferenciada das culturas yorubá e fon.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Benefícios do Chocolate.

Muito legal o post do Blog Cantinho da Beleza! Podem curtir a vontade!


http://cantinhodabelezaecia.blogspot.com/2011/08/6-beneficios-proporcionados-pelo.html#comment-form

CURSO DE ASTROLOGIA EM SANTOS/SP

NOVOS CURSOS E EVENTOS 

Curso Básico de Astrologia

Novas turmas - terça-feira – 20h30

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Horário de funcionamento: de 2ª a 6ª feira das 10h às 22h








Novo E-mail: esa@escolasantistadeastrologia.com.br

25 melhores empresas para se trabalhar no Brasil em 2011


A consultoria Great Place to Work revelou, na última segunda-feira (15), os resultados da 15ª edição das 100 melhores empresas para trabalhar no Brasil. A pesquisa tem como objetivo reconhecer as empresas onde os integrantes confiam nas pessoas com que trabalham, têm orgulho do que fazem e gostam do seus colegas de trabalho.
Na categoria grandes e multinacionais, a primeira colocação é ocupada, pela segunda vez consecutiva, pelo Google. Em seguida, aparecem a Caterpillar Brasil e a Kimberly-Clark.
Segundo a gerente de Marketing da Great Place to Work Brasil, Viviane Rocha, estas empresas se destacaram tanto na análise que é realizada pelos funcionários, que corresponde a 67% dos 100 pontos totais, intitulada como Index (Índice de Confiança), como no Culture Audit, que analisa as práticas culturais descritas em um questionário que é respondido pelo empregador.
PráticasNo Google, uma das práticas positivas está relacionada à contratação. “A empresa se preocupa em contratar pessoas que se identificam com a cultura. Isso é bom tanto para a empresa como para os profissionais”.
Já na Caterpillar Brasil os funcionários apontaram a prática de inspirar, em que a missão da empresa motiva e inspira seus colaboradores, enquanto na Kimberly-Clark o destaque foi a prática dos líderes que desenvolvem seus funcionários, tanto na vida pessoal como na profissional.
Ranking
Confira abaixo as 25 empresas que foram consideradas as melhores empresas para trabalhar no Brasil: 
25 Melhores Empresas para Trabalhar
Google
Caterpillar Brasil
Kimberly-Clark
Laboratório Sabin de Análises Clínicas
Gazin
Magazine Luiza
SAS
Ticket
JW Marriott Rio de Janeiro
10ª Accor
11ª Volvo
12ª Microsoft
13ª Losango
14ª Boehringer Ingelheim
15ª Duke Energy Brasil
16ª Chemtech
17ª Coca-Cola Recofarma
18ª Embraer
19ª Elektro
20ª Novozymes
21ª Promon
22ª Vivo
23ª ThyssenKrupp Bilstein Brasil
24ª GVT
25ª Cisco
Fonte: Great Place to Work

Médias e pequenas
Neste ano, o estudo também revelou as melhores empresas para trabalhar na categoria médias e pequenas. Viviane explicou que a nova categoria atendeu a solicitação das empresas de menor porte, que se interessavam em participar do prêmio. “Qualquer empresa, de qualquer tamanho, pode ser o melhor lugar para trabalhar”.
Nesta categoria, a primeira colocação é ocupada pela Radix, seguida pela Zanzini Móveis, Pormade Portas, Sama e Consórcio Luiza.
Fonte: Infomoney 

Marcelo Bueno

7 dicas para vender uma idéia no trabalho

Quer tornar uma proposta imbatível? Especialistas mostram quais as estratégias para conseguir a aprovação de um projeto

Criativo, inovador e pró-ativo. Agora, é preciso adicionar a característica bom vendedor de ideias ao currículo
São Paulo – Uma olhadela rápida nos anúncios de emprego é suficiente para perceber qual é o perfil profissional queridinho das empresas. Todas, sem exceção, querem profissionais capazes de materializar, em termos práticos, o conceito de inovação.
Mas entre uma personalidade criativa e a aprovação do projeto final há um longo percurso. Para que a ideia vá além de alguns rabiscos no papel, é preciso submetê-la a uma bateria de aprovações.
Em outras palavras, não vale chegar na sala de reuniões sem uma proposta capaz de manter-se de pé mesmo diante de uma porção de vaias, tomates ou simples contra argumentos. É preciso se preparar tanto na elaboração da ideia quanto no preparo para vendê-la de um jeito instigante.
Pensando nisso, EXAME.com consultou profissionais e especialistas de diferentes áreas para saber quais as melhores estratégias para transformar uma ideia em uma proposta imbatível.
1. Brainstorm não é tudo 
Antes de partir para a sala do chefe com uma porção de projetos na cabeça, vale a pena submeter sua ideia a uma prova de choque.
“Uma ideia parte de um contexto estudado e evolui para um pensamento bem fundamentado”, diz Rita Almeida, diretora da agência de branding CO.R Inovação.
Isso significa que não vale passar para frente propostas etéreas e sem um alicerce sólido.  “A ideia tem que amadurecer”, diz Marcel Camargo, gerente comercial da BNCorp.
Por isso, antes de qualquer outra ação, pergunte-se: essa proposta realmente é digna de compartilhamento?Em que medida ela atende aos desejos do seu público alvo? Ela realmente trará benefícios para empresa? Quais seriam os caminhos para tirá-la do papel? Eles são viáveis?
2. Acerte o tempo
É nesse momento que você também deve checar se sua proposta está dentro ( ou não) das necessidades de sua época.
“Muitas ideias morrem porque foram compartilhadas no tempo errado”, diz o especialista Anderson Cavalcante. “Seja por estarem à frente do seu próprio tempo ou atrasadas”.
Ele sentiu isso na pele na editora em que trabalha. “Fomos os primeiros a lançar um livro de gestão corporativa. Demorou um ano para que ele começasse a ser vendido”, lembra. “Foi o custo do pioneirismo”.
3. Faça pré-testes
Um meio para descobrir se a ideia está no ponto para sair do papel é compartilhá-la com pessoas próximas – e confiáveis. “A questão é experimentar mesmo”, diz Cavalcante. “Checar se a proposta terá eco”.
Feito isso, mapeie quais são as pessoas chave para receber sua ideia e passá-la para frente. Dedique um tempo para entendê-las.

Faça um pente fino nas ideias, antes enviá-las para frente
“Todas as pessoas agem segundo motivações pessoais ou profissionais”, afirma Eduardo Ferraz, autor do livro Por que a gente é do jeito que a gente é? (Editora Gente).
“Por isso, para vender uma ideia, um aspirador de pó ou mesmo os conceitos de uma palestra, é preciso saber o que motiva as pessoas”.
4. Prepare o caminho e lance os fundamentos
É com base nesse agente propulsor da motivação que você deve definir a lógica argumentativa da sua proposta.
 
“O que vai dar credibilidade é a fundamentação”, diz Ferraz.
Dois meses. Esse foi o tempo que Marcel Camargo, gerente comercial da BNCorp, levou para elaborar os fundamentos de uma nova proposta de negócios para a empresa em que trabalha.
A ideia era utilizar o conceito de Retrofit em um novo empreendimento no Rio de Janeiro. 

“Já havíamos feito isso com muito sucesso no passado”, lembra. Mesmo assim, ele arregaçou as mangas para refrescar a memória do departamento.
Os 60 dias em que se dedicou para amadurecer a ideia foram divididos entre viagens para o Rio de Janeiro, pesquisas de mercado, coleta de informações e elaboração de um roteiro argumentativo. Com todo esse contexto em mãos, ele partiu para a sala de reuniões.
Não deu outra. Antes mesmo da conclusão do empreendimento, todas as salas já estavam alugadas ou vendidas.
5. Tenha foco
Por mais profunda que tenha sido a sua pesquisa, não é preciso esmiuçar cada detalhe na apresentação.
“Muita gente pensa que é preciso colocar tudo na apresentação. Ao contrário, ela tem que ser estratégica”, diz Cavalcante. Isso significa que só vale compartilhar sua ideia de uma maneira objetiva e coerente com o contexto do público em questão.
Difícil chegar a esse equilíbrio entre profundo conhecimento sobre o assunto e uma apresentação pontual? Nem tanto. Basta compreender bem quais os principais motivadores do público em questão e focar neles.
“Tenha foco, não queira vender 20 coisas ao mesmo tempo", diz Ferraz.

6. Não parta para a briga (ou indiferença)

Esteja preparado para passar por uma prova de fogo. Durante a apresentação, muitos poréns serão levantados. E o seu papel é manter a calma e, de uma maneira sensata, desmontar cada um dos contras.
Agora, não vale perder a cabeça e descanbar para a ignorância. Lembre-se: a credibilidade da sua ideia está intimamente ligada à sua própria imagem - e credibilidade.
Além disso, é imprescindível demonstrar confiança e segurança para os interlocutores. Por isso, não vale chegar na sala de reuniões sem, realmente, acreditar em cada detalhe do seu projeto. Muitas ideias já naufragaram simplesmente porque as pessoas não demonstraram paixão pelo que faziam. "Nunca vi nenhuma proposta ser aprovada com gente norma", diz Cavalcante.

7. Deixe a porta aberta
Não se intimide caso não tenha resposta para todas as perguntas. Aliás, segundo Cavalcante, deixar alguns pontos em aberto é essencial para que as negociações para que a ideia seja aprovada não ganhem um ponto final logo de cara.
A dica, segundo ele, é já sair da primeira reunião com uma nova data de discussões agendada. "Se você deixa uma pendência, gera-se a chance de reavivar o projeto nos próximos dias", afirma. E, com isso, aproveitar as impressões iniciais, até, para melhorá-lo.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O profissional do futuro


Depois da Geração Y, vem a Z. E é com ela que as empresas terão de trabalhar daqui a pouco. Para entender quem são e o que deve mudar no cenário corporativo, VOCÊ RH conversou com Eduardo Shinyashiki.

As empresas e seus departamentos de RH ainda estão aprendendo a lidar com os profissionais da Geração Y, definição dada aos nascidos a partir de 1978. Mas o tempo não espera e logo a chamada Geração Z, nascidos a partir 1995, entrará no mercado de trabalho por meio dos programas de estágio. Para saber o que as empresas devem esperar desses futuros profissionais, conversamos com Eduardo Shinyashiki, consultor, palestrante e autor do livro “Viva Como Você quer Viver”. 

Quais são as características gerais mais marcantes na chamada Geração Z? 
As crianças da Geração Z são extremamente integradas à tecnologia, vivem em um tempo muito fragmentado pelas várias atividades que realizam ao mesmo tempo. Não é surpreendente para os pais encontrarem seus filhos assistindo TV, ouvindo música e navegando na internet ao mesmo tempo. Eles também utilizam muitas ferramentas de comunicação, desde celulares até comunicadores instantâneos, como o MSN, passando por redes sociais como o Orkut.

Quais serão, em sua opinião, as características profissionais que essa Geração trará? 
Os profissionais da geração Z entrarão no mercado de trabalho em busca de um mundo conectado ao digital, aberto ao diálogo e a novas opiniões, mais veloz do que o atual e, também, mais global.

As empresas estão preparadas para receberem esses futuros profissionais? No que elas precisam mudar, se adaptar? 
Ou as empresas começam a se adaptar antes da chegada desses jovens, ou ocorrerá um conflito de gerações que, na minha visão pessoal, acabará resultando na vitória da Geração Z. A adaptação ocorrerá, principalmente, pela integração da companhia as novas tecnologias.

Em sua opinião, qual o impacto que a Geração Z trará para dentro das organizações e para os negócios? 
As hierarquias rígidas de algumas empresas serão afetadas pela comunicação direta da Geração Z, que não verá problema nenhum em falar com um superior de forma informal para os padrões atuais. As negociações e atividades em geral acontecerão com maior rapidez, facilitadas pelos meios de comunicação, a internet e a velocidade dos profissionais Z.

Quais serão as principais características profissionais, convergentes e divergentes, que a Geração Z terá em comparação com a Geração Y? 
Acredito que algumas das características profissionais convergentes entre a Geração Y e a Geração Z deverá ser a facilidade de lidar com a tecnologia e estar à vontade com o mundo multimídia e também a necessidade de aprimorar a capacidade de comunicação interpessoal, pois poderão ter dificuldades no contato pessoal, com grupos e plateias, por exemplo. As duas gerações têm acesso às informações em tempo real, provenientes do mundo inteiro e com diferentes pontos de vistas, por isso, questionarão mais as notícias e o conteúdo da informação. O que pode ser divergente, e eu digo pode ser, pois a Geração Z se desenvolve e cresce enquanto falamos e o contexto atual ainda pode influenciar e modificar essas crianças, é que a Geração Y, no geral, tem mais capacidade de foco do que a geração Z. A tendência é que a Geração Y valorize mais do que a Z os estudos e tenha mais vontade de criar uma carreira de sucesso. Mesmo considerando o sucesso, não como o sacrifício a qualquer custo, mas a defesa e tutela dos próprios valores, sonhos e aspirações.

Quais os pontos que as empresas deverão se atentar para evitar conflitos? Seja com outros profissionais ou com o modelo de trabalho vigente. 
Um dos desafios para as empresas será recrutar, motivar e reter os talentos da Geração Z. Na projeção futura, eles serão, no geral, jovens não sensíveis a promessas de longo prazo ou de emprego seguro. Outro ponto é considerar que para essa nova geração, os valores da empresa farão sentido se forem claros e coerentes com suas próprias aspirações. Eles terão um forte senso de ética, valores humanos, atenção aos problemas sociais e ao meio ambiente.


Colaboração: Marcelo Bueno

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A ORGANIZAÇÃO DO CANDOMBLÉ NO NOVO MUNDO


Em continuidade aos posts informativos e pesquisados com base em literatura e artigos já citados, falaremos aqui da organização da semana.

Antigamente, na Nigéria, os dias da semana eram apenas 04 (quatro) e eram assim denominados:

1º dia - Ójumò Exu
2º dia - Ójumò Ogun
3º dia - Ójumò Xangô
4º dia - Ójumò Oxalá 

sendo que estes 04 (quatro) dias estavam ligados aos 04 (quatro) pontos cardeais:
1º a leste onde habita Exu
2º ao norte onde habita Ogun
3º a oeste onde habita Xangô
4º ao sul onde habita Oxalá
Como se pode observar, os yorubás tinham sua própria semana organizada que foi modificada ou adaptada à semana ocidental. Isto aconteceu porque não se manteve a tradição milenar de apenas 04 (quatro) dias.
Quando o Candomblé foi estabelecido na Bahia por Yanassó teve que se adaptar ao culto para os moldes ocidentais, ou seja, cultuar vários orixás no mesmo espaço. Com esta junção, criou-se o que foi chamado Ójumò-osé ou dia de limpar ou ainda Ójumò-uenumó ou dia do descanso. Essa distribuição foi feita da seguinte forma:

2ª feira cuidar-se-ia de Exu e Omolu
3ª feira cuidar-se-ia de Ogun e Oxumarê
4ª feira cuidar-se-ia de Xangô e Oya
5ª feira cuidar-se-ia de Oxossy
6ª feira cuidar-se-ia de Oxalá 

No sábado seria a vez de se cuidar de todas as Yas ou Mães que seriam: Oxum, Yemanjá, Nanã, entre outras. Já no domingo, cuidar-se-ia de Ibeji.
Esta distribuição foi feita para que cada Omon-orixá (filho de orixá) tivesse seu orixá ligado a um dia da semana e nesse dia esse omon-orixá estivesse na casa de Candomblé para prestar culto ao seu orixá, não fugindo assim com a sua responsabilidade de cuidar de seu orixá.
Como comprovam vários estudiosos da cultura africana, não só houve a adaptação da semana yorubá para a semana ocidental, como uma série de cerimônias e ritos da religião de orixá tiveram que se adaptar ao Novo Mundo, conforme mostra o próprio ritual de iniciação que na Nigéria é feito em aldeias que ficam no interior das florestas.
Outra adaptação feita para o Brasil foi o do Jogo de Búzios. Enquanto no culto de orixá na Nigéria apenas o Babalawo (adivinho) faz o culto à adivinhação e é ele, por determinação de Ifá, quem orienta todos os acontecimentos dentro do egbé (comunidade); no Brasil, o jogo de búzios foi uma modalidade criada pelo Olwô Bamboxé para as mulheres ou Yalorixás da época.