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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dijina

É uma palavra de origem Bantu que significa "Nome" ou "Apelido" no idioma Kimbundu.

É notório que somente nos Candomblés de tradição de Angola e Kongo é os neófitos recebem outro nome (Dijina),após o término dos rituais de iniciação,onde passará a ser conhecido em toda a comunidade espiritual pelo seu "Dijina Muzenza" (Nome do noviço), que é diferenciado de "Dijina 

Inkice (Orixá)
" (Nome secreto da divindade),nome dito pela divindade no dia de sua saída,para o público presente na casa de Candomblé,onde o Sacerdote ou Sacerdotiza escolhe um convidado ilustre para ser o Padrinho do iniciado .Este ritual se assemelha ao "Orunkó Òrísá" nos Candomblés de Kètú e o"Hunyi Vodun" nos Candomblés de Djeje.


"O Dijina segundo a cultura tradicional Bantu"

O nome,como parte constitutiva,completa a pessoa,pois  explica a natureza própria do ser individual,mostra a sua realidade e descobre a sua interioridade.É um distintivo,segue a alma espiritual como a sobra segue a alma sensitiva.

O Dijina é um nome tirado da cultura pessoal de um dos iniciados da nação Angola.O Sacerdote junta prefixos de nomes como: O prefixo do nome do Odú e o prefixo do nome do Inkice (Orixá), a tradução do Dijina revelará a personalidade rela do ser.



O nome situa o homem no grupo: É a denominação que permite reconhece-lô,o sinal da sua situação,da sua origem,da sua atividade,das suas relações com os outros.

Pela sua origem concreta não só nomeia,mas explica.É mais que um sinal.Transforma-se numa figuração simbólica.



Dar o nome a uma coisa ou a uma pessoa,conhecer o nome secreto,equivale a descobrir a sua natureza.O conhecido fica de alguma forma em poder ou pelo menos sujeito a possíveis ações mágicas do conhecedor.Entre ele e o objeto ou pessoa assim conhecidos,brota uma reação vital que propicia a interação.

A palavra é poderosa e inseparável do pronunciado,quem sabe pronunciar o verdadeiro nome de um ser,influencia-o e domina-o,atua sobre a sua realidade profunda,por isso se esconde o nome real.

Por isso os Bantus podem ter vários nomes,mas algum fica escondido,não dá a conhecer a nínguem,salvo os seus companheiros de iniciação.

Os Bantus mudam de nome várias vezes na vida.O nascimento, viagens, iniciações, empregos, sociedades e acontecimentos excepcionais provocam mudanças de nomes.


Toda transformação da personalidade exige uma nova forma de ser chamado.Com o antigo nome desaparece a personalidade abandonada e com ela suas imperfeições, seu passado, seus vícios pois acima de tudo o verdadeiro Candomblé é uma religião que prima pela construção do Ìwà Pélé - bondade, gentileza de caráter.

Asé o!
Monatolacy.

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