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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ogun Péle o! Terça-feira é dia de Ogun.


**Ogum como personagem histórico, teria sido o filho mais velho de Odùduà, o fundador de Ifé.
Era um temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros Estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê".

Por razões que ignoramos, Ogum nunca teve o direito a usar uma coroa (adé), feita com pequenas contas de vidro e ornada por franjas de missangas, dissimulando o rosto, emblema de realeza para os iorubás. Foi autorizado a usar apenas um simples diadema, chamado àkòró, e isso lhe valeu ser saudado, até hoje, sob os nome de Ògún Oníìré e Ògún Aláàkòró inclusive no Novo Mundo, tanto no Brasil como em Cuba, pelos descendentes dos iorubás trazidos para esses lugares.

Ogum teria sido o mais enérgico dos filhos de Odùduà e foi ele que se tornou o regente do reino de Ifé quando Odùduà ficou temporariamente cego (informação pessoal do Óòni(rei) de Ifé em 1949). Ogum decidiu, depois de numerosos anos ausente de Irê, voltar para visitar seu filho (informação pessoal do Oníìré em 1952).

Infelizmente, as pessoas da cidade celebravam, no dia da sua chegada, uma cerimônia em que os participantes não podiam falar sob nenhum pretexto. Ogum tinha fome e sede; viu vários potes de vinho de palma, mas ignorava que estivessem vazios. Ninguém o havia saudado ou respondido às suas perguntas. Ele não era reconhecido no local por ter ficado ausente durante muito tempo.

Ogum, cuja paciência é pequena, enfureceu-se com o silêncio geral, por ele considerado ofensivo. Começou a quebrar com golpes de sabre os potes e, logo depois, sem poder se conter, passou a cortar as cabeças das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, oferecendo-lhe as suas comidas prediletas, como cães e caramujos, feijão regado com azeite-de-dendê e potes de vinho de palma.

Enquanto saciava a sua fome e a sua sede, os habitantes de Irê cantavam louvores onde não faltava a menção a Ògúnjajá, que vem da frase ògún je ajá (Ogum come cachorro), o que lhe valeu o nome de ògúnjá. Satisfeito e acalmado, Ogum lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção ao chão e desapareceu pela terra adentro com uma barulheira assustadora. Antes de desaparecer, entretanto, ele pronunciou algumas palavras. A essas palavras, ditas durante uma batalha, Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou. Porém, elas não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, se não encontrar inimigos diante de si, é sobre o imprudente que Ogum se lançará.

Como Orixá, Ogum é o deus do ferro, dos ferreiros e de todos aqueles que utilizam esse metal: agricultores, caçadores, açougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores.

Desde o início do século, os mecânicos, os condutores de automóveis ou de trens, os reparadores de velocípedes e de máquinas de costura vieram juntar-se ao grupo de seus fiéis. Ogum é único, mas, em Irê, diz-se que ele é composto de sete partes. Ògún méjeje lóòde Iré, frase que faz alusão às sete aldeias, hoje desaparecidas, que existiriam em volta de Irê.

O número 7 é, pois, associado a Ogum e ele é representado, nos lugares que lhe são consagrados, por instrumentos de ferro, em número de sete, catorze ou vinte e um, pendurados numa haste horizontal, também de ferro: lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta de flexa e enxó, simbolos de suas atividades.**


! Dá força para vencer demandas e habilidade para lidar com ferro !



****Ógun Olulonan, Ógun Assiuádju,
Ógun Ogueré, Auá Medji Patakori,
Jésse Jésse, Ógun Kambierin.*
Ogunhê!


Ogum é sinônimo de lei e ordem e seu campo de atuação é a ordenação dos processos e dos procedimentos.


O Trono da Lei é eólico e, ao projetar-se, cria a linha pura do ar elemental, já com dois pólos magnéticos ocupados por Orixás diferenciados em todos os aspectos. O pólo magnético positivo é ocupado por Ogum e o pólo negativo é ocupado por Iansã.


Esta linha eólica pura dá sustentação a milhões de seres elementais do ar, até que eles estejam aptos a entrar em contato com um segundo elemento. Uns têm como segundo elemento o fogo, outros têm na água seu segundo elemento, etc.


Portanto, na linha pura do "ar elemental" só temos Ogum e Iansã como regentes.

Mas se estes dois Orixás são aplicadores da Lei (porque sua natureza é ordenadora), então eles se projetam e dão início às suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda.


Os Orixás regentes destas hierarquias de Ogum e Iansã são Orixás Intermediários ou regentes dos níveis vibratórios da linha de forças da Lei.


Saibam que Oxalá tem sete Orixás Intermediários positivos e tem outros sete negativos, que são seus opostos, e tem sete Orixás neutros; Oxum tem sete Orixás intermediárias positivas e tem outras sete negativas, que são suas opostas; Oxóssi tem sete Orixás intermediários positivos, sete negativos, que são seus opostos, e tem sete outros que formam uma hierarquia vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material; Xangô tem sete Orixás intermediários positivos e tem sete negativos, que são seus opostos. E o mesmo acontece com Obaluayê e Yemanjá.


Agora, Ogum e Iansã são os regentes do mistério "Guardião" e suas hierarquias não são formadas por Orixás opostos em níveis vibratórios e pólos magnéticos opostos, como acontece com outros. Não, senhores!


Ogum e Iansã formam hierarquias verticais retas ou seqüenciais, sem quebra de "estilo" , pois todos os Oguns, sejam os regentes dos pólos positivos, dos neutros ou tripolares, ou dos negativos, todos atuam da mesma forma e movidos por um único sentido: aplicadores da Lei!
Todo Ogum é aplicador natural da Lei e todos agem com a mesma inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois mão se permitem uma conduta alternativa.


Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei, mesmo que seja um "caboclo" de Ogum, avesso às condutas liberais dos freqüentadores das tendas de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos médiuns quanto pelos espíritos incorporadores.


Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado. ***

**Texto de autoria de Pierre F. Verger
***TRECHOS EXTRAÍDOS DO LIVRO "O CÓDIGO DE UMBANDA


ARQUÉTIPO

(Do livro "Orixás - Pierre Fatumbi Verger - Editora Corrupio")


O arquétipo de Ogum é o das pessoas violentas, briguentas e impulsivas, incapazes de perdoarem as ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daquelas que nos momentos difíceis triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperança. Das que possuem humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranquilo dos comportamentos. Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhes prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas. **

**Texto de autoria de Pierre F. Verger


AS LENDAS DE OGUM



OGUM, Orixá masculino da cultura Iorubá, é o filho mais velho de Oduduá com Yemanjá. Sendo o mais enérgico, ele tornou-se Rei de Ifé, quando Oduduá (fundador de Ifé) ficou cego.
OGUM era um guerreiro terrível. Brigou com reinos vizinhos a Ifé, aumentando cada vez mais o seu reinado. Destruiu a cidade de Ará e de Irê.


Em Irê, ele guerreou, matando o rei e instalou seu próprio filho no trono e passou a usar o título de ONIRÊ (Rei de Irê).


OGUM é o Orixá Deus do Ferro, dos ferreiros e de todos aqueles que utilizam esse metal: agricultores, caçadores, açougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores, mecânicos, etc...


Em Irê, diz-se que OGUM é composto de 7 (sete) partes: OGUM MEJÉJÉ LOODE/IRÊ (Ogum são sete não só Irê) frase que se refere as sete aldeias, hoje desaparecidas, que existiram em volta de Irê. Mas sobre as 7 partes de Ogum, existem muitas lendas, entre tantas, duas são as mais conhecidas e o relaciona com Oyá.


A primeira, conta que Ogum preparou-se para ir à guerra; Oyá sua esposa, também guerreira, quis acompanhá-lo. Ogum proibiu-a de seguí-lo. Oyá muito astuta e não querendo por nada deixar de guerrear ao lado do marido, vestiu uma das suas roupas, prendeu os cabelos por baixo de um capacete e seguiu-o.
A luta foi muito grande, Ogum estava quase a perdê-la, quando Oyá, levantou sua espada e lutou por ele.


Vencida a batalha por Oyá, Ogum quis saber quem era o garboso guerreiro. Oyá muito orgulhosa, tirou o capacete e soltou os cabelos, Ogum reconhecendo a sua esposa, mais orgulhoso do que ela, não admitindo ter sido salvo por uma mulher, levantou sua espada para matá-la. Oyá ao mesmo tempo também levantou a sua para defender-se. As espadas tocaram-se no ar. Travaram então uma grande luta onde Ogum cortou Oyá em nove e Oyá cortou Ogum em sete.


Outra lenda sobre os 7 Oguns, também relacionada a Oyá, conta que ela era a companheira de Ogum. Oyá ajudava o marido no trabalho de forjar o ferro. Todos os dias Oyá carregava seus instrumentos e ia para a oficina, onde manejava o fole para ativar o fogo da forja. Ora ela manejava o fole, ora ela soprava um vento, para ativar o fogo. Ogum ofereceu a Oyá, pela ajuda que essa lhe dava, uma vara de ferro, semelhante a uma que ele possuiu e que tinha o poder de dividir os homens em sete partes e as mulheres em nove, se por ela fossem tocados no decorrer de uma briga.


Xangô gostava de sentar-se próximo, a fim de apreciar Ogum bater o ferro, e de vez em quando lançava olhares a Oyá, e esta também olhava Xangô, que era muito elegante. Os cabelos de Xangô eram trançados com búzios como de uma mulher, usava brincos, colares e pulseiras. Sua beleza e seu poder fascinavam Oyá que nada disso via em Ogum. Um dia Oyá fugiu com Xangô. Ogum perseguiu-os. Encontrou-os, brandiu sua vara mágica. Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo. Assim Ogum foi dividido em sete e Oyá em nove, recebendo ele o nome de Ogum Mejéje (sete) e ela Yámessan (nove).


O número sete é pois associado a Ogum. O sete está presente em todos os lugares que lhe é consagrado, por instrumentos de ferro em numero de sete, pendurados numa haste horizontal, também de ferro: lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta de flecha e enxó, que são os símbolos de suas atividades.


Outra lenda conta que Ogum, depois de muitos anos, voltou a cidade de Irê. No dia de sua chegada, os habitantes da cidade celebravam uma cerimônia em que ninguém podia falar sob nenhum pretexto. Ele sentia sede, viu vários potes de vinho de palma. Aproximou-se deles e verificou que estavam vazios. Ninguém o saudou nem respondia às suas perguntas. Não foi reconhecido por ninguém. Como sua paciência era quase nenhuma, foi dominado por uma grande fúria. Começou a quebrar, com sua espada, os potes e arrrancar as cabeças das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, reconhecendo seu pai. Por meio de gestos, mandou que servissem a ele vinho e a sua comida predileta, como cães, feijão regado com azeite de dendê.

Enquanto Ogum saciava sua sede e matava sua fome, os habitantes de Irê, já libertos do silêncio, pois a cerimônia que celebravam terminara, cantaram louvores a Ogum, onde o chamavam de OGUM JÉ OJÁ (Ogum come cachorro) o que lhe valeu o nome de OGUNJÁ. Ogum lamentando seus atos violentos, declarou que já havia vivido o bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção a terra e desapareceu pela terra a dentro, com um barulho assustador. Outros contam que ele lançou sua espada no ar e subiu para ORUM, com ela e foi habitar a lua. Antes porém de desaparecer, Ogum pronunciou algumas palavras. Se alguém pronunciar essas palavras durante uma batalha Ogum vem e guerreia por essa pessoa. Mas essas palavras não podem ser usadas em outras circunstâncias, se Ogum não encontrar inimigos diante de si, é sobre o imprudente que sua ira se lançará.


Ogum é sem dúvida alguma, um dos Deuses Iorubanos mais conhecidos, mais cultuado e temido. Às vezes, até mesmo, mais temido do que Exú, sobre o qual, tem total domínio. Como é o filho de Oduduá e Yemanjá, mais velho e considerado o mais antigo Orixá Iorubano, e em virtude de sua ligação com metais, sem sua permissão e sua proteção, nenhuma atividade seria proveitosa; é o dono do obé (faca). Entretanto outros Deuses mais antigos que Ogum, originários de países vizinhos, mesmo assimilados pelos Iorubanos, não aceitavam de bom grado a primazia assumida e concedida a Ogum, por Oduduá. Essas diferenças, até hoje não foram resolvidas e deu origem a conflitos entre Nanã e Ogum, isto porque Nanã, o mais antigo Orixá da Nação de Daomé (uma espécie de Orixalá dos Iorubanos) não aceita o comando de Ogum. Por isso, nenhum animal oferecido a Nanã, podia ser cortado com o obé de metal e sim com o de madeira.

(1) Ogum foi o segundo filho de Iemanjá e era muito ligado ao irmão mais velho, Exu. Os dois eram muito aventureiros e brincalhões, estavam sempre fazendo estrepolias juntos. Quando Exu foi expulso de casa pelos pais, Ogum ficou muito zangado e resolveu acompanhar o irmão. Foi atrás dele e por muito tempo os dois correram mundo juntos. Exu, o mais esperto, resolvia para onde iriam; e Ogum, o mais forte e guerreiro, ia vencendo todas as dificuldades do caminho. É por isso que Ogum sempre surge no culto logo depois de Exu, pois honrar seu irmão preferido é a melhor forma de agradá-lo; e enquanto Exu é o dono das encruzilhadas, Ogum governa a reta dos caminhos.

(2) Quando Ogum conquistou o reino de Irê, deu o trono para o filho e partiu em busca de novas batalhas. Anos depois, ele voltou ; mas chegou no dia de uma festa religiosa em que todos deviam guardar silêncio. Sentindo sede, quis beber, mas o vinho havia sido todo usado no ritual religioso; pediu comida e ninguém lhe respondeu, por causa da proibição religiosa. Pensando que o desprezavam, Ogum puxou a espada e matou todo mundo. Quando terminou a cerimônia religiosa, o filho veio ao encontro de Ogum, prestou-lhe todas as homenagens e ofereceu-lhe um banquete. Quando lhe explicaram o que ocorrera, Ogum ficou horrorizado com seu crime. Cravou a espada no chão e fez com que se abrisse um grande buraco por onde se afundou, tornando-se desde então um Orixá.

(3) Depois que Exu foi expulso de casa pelos pais, ficou decidido que Ogum, o segundo filho, seria o sucessor do pai no governo. Entretanto, Ogum não gostava desse tipo de atividade. Seu prazer estava nas aventuras. Quando substituiu o pai durante uma viagem deste, Ogum deixou de lado as funções de governante, dedicando-se a passeios e confusões com os amigos. Estava sempre se metendo com as namoradas alheias e arrumando brigas. Para mantê-lo sossegado, então, o pai lhe deu o comando do exército e a missão de responder às agressões ao reino e de conquistar novos territórios. Nessas atividades, ele foi muito bem sucedido.


INSÍGNIAS REAIS E OFICIALATO


O dendê ou dendezeiro, Elaeis guineensis Jacq. é uma palmeira africana aclimatada no Brasil. Ogun é representado pelas franjas de folhas desfiadas dessa palmeira: o mariwó. Além de insígnia do orixá, o mariwó é também proteção e defesa: dependurado sobre portas e janelas ou à entrada dos caminhos, afasta bruxedos e influências maléficas.
A principal insígnia de Ogun é a espada, que ele empunha com ar marcial, quando manifestado, dança no candomblé. Ao deparar, em sua dança, com outro orixá também empunhando uma espada, Ogun terça armas com ele e as lâminas se entrechocam, ritmadas, como na pirrica dos Gregos.


Na Bahia, Ogun é sincretizado com Santo Antônio, capitão do exército brasileiro, com direito a soldo. Sua espada e seu uniforme de gala como capitão, doados por uma beata, foram conservados pelos franciscanos da Bahia, segundo Verger, que fotografou, na igreja, o sabre e o fardamento do santo.


Santo Antônio, que sentou praça no Forte da Barra em fins do século XVI, como simples soldado, foi promovido a capitão em 1705 e a major durante a última guerra mundial. Debret atribuiu ao santo casamenteiro o posto mais elevado da hierarquia militar, como "marechal dos exércitos do rei e comandante das Ordens de Cristo, na Bahia."


OGUN NA UMBANDA


No Rio de Janeiro a festa de Ogun é a 23 de abril, dia de São Jorge, com quem está identificado.

As comemorações têm início às 5 da manha, com a alvorada a cargo das fanfarras da cavalaria da Polícia Militar. Mais tarde, a banda de música da corporação executa marchas e dobrados festivos e, solenes, desfilam seus cavalarianos.

Centenas de fiéis visitam a igreja onde o santo é orago, na Praça da República, e beijam uma fita presa à imagem de São Jorge montado no cavalo branco, com o elmo emplumado, um escudo e um estandarte.

E à noite, em todos os terreiros, os atabaques vão bater até de madrugada.


Na umbanda a linha de Ogun é desdobrada nas legiões de Ogun Beira-Mar, Ogun Iara, Ogun Megê, Ogun Naruê, Ogun Malei e Ogun Nagô.


Santo guerreiro, suas armas mágicas são a espada-de-são-jorge (Sansevieria Zeylanica Willd.) e a lança-de-ogun (Sansevieria cylindrica L.) liliáceas da África Equatorial, aclimatadas no Brasil.

O nome espada-de-são-jorge é devido à forma da folha carnosa, que lembra uma larga e longa lâmina de arma branca, com dois gumes, o ápice acuminado.

Costuma ser plantada em vasos, jardineiras ou canteiros, em residências ou à entrada de casas comerciais, como espada capaz de defender dos malefícios.

Nos terreiros umbandistas, a espada-de-são-jorge é brandida principalmente pelo pai-de-santo, como veículo de passes ou para fustigar os maus espíritos, afastando-os.

É uma das plantas usadas em banhos lustrais ou de proteção.

Serve para sinais cabalísticos, traçados no ar, durante consultas ou cerimônias. Tivemos oportunidade de ver orixás utlizá-la na sagração dos noviços, como acontecia com os reis e cavaleiros medievais.

Na lança-de-ogun, conforme o próprio nome indica, a folha carnosa é cilíndrica e pontiaguda, como uma lança. Embora utilizada em menor escala, suas atribuições rituais e poderes mágicos têm semelhança com os de espada-de-são-jorge.

Nos terreiros de umbanda Ogun é reverenciado como "santo forte" e "vencedor de demanda.

Sua cor é o vermelho rútilo.

Seus pontos riscados mostram lanças, espadas, flâmulas, granadas e outras representações bélicas.

Seus pontos cantados, também marciais, têm até reminiscências da guerra do Paraguai, pois "Ogun já jurou bandeira/na porta de Humaitá".

fonte: http://www.mulhernatural.hpg.ig.com.br/trablux/ogum.htm

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